De um ponto de vista Psico-Sociológico, a cultura das massas é centrada no comportamento do invididuo inserido num colectivo, sendo esse colectivo visto como Massa. Para Lhe Bon, este Colectivo é caracterizado por ser um agrupamento humano com traços de perda ed controlo racional, sugestionável a contágio emocional e imitação, e com um sentimento de anonimato.
Para alguns autores, este colectivo é um conjunto de pessoas influenciado pelas opiniões de poucas pessoas, sendo que as opiniões de poucos são comunicadas pelos midia, que são assim meios de comunicação de massa. As autoridades controlam e os agentes institucionais conseguem maior penetração das opiniões, mas os colectivo é reduzido a perda de autonomia e formatado na sua opinião face à comunicação em massa recebida.
Estes aspectos são aprofundados na Escola de Frankfurt, que junta pensadores, filosofos e cientistas sociais, que estudam os processos civilizadores modernos e destino do ser humano na era da técnica até à politica, arte, musica e literatura. Esta escola está alinhada com ideias de Heidegger e McLuhan, mas tem como referência autores como Adorno e Horkheimer que criaram o conceito de industria cultural, mas igualmente Marcuse, Fromen e Walter Benjamim. Esta escola acredita no seguinte:
- Importância dos midia (meios de comunicação) como formentador da cultura de mercado e formadora do modo de vida contemporaneo
- Existência de uma industria cultural, onde tudo passa a ser produto para o mercado, inclusivé o autor/artesão, colocando o enfoque na venda do produto, em vez de transmitir informação/conhecimento
- Esta industria, massifica e torna homogeneo o gosto, o que leva a uma passividade e conformismo
No entanto, esta massificação pode igualmente levar a uma maior passividade e perda de autenticidade de opiniões e mesmo produção, pela facilidade de imitiação e rapidez de propagação de ideias.
Vou fechar a leitura da Rebelião das Massas e do Homem da Multidão, além de leituras interessantes sobre tecnologia para comunicação/midia e para criação de media-arte...e voltar a entusiasmar-me com esta problemática, tão actual e perigosa!
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